sexta-feira, outubro 17, 2008

A ambição totalitária do design


O novo totalitarismo do século XXI vem-nos das bandas do design, que  já não é "forma da função" [um primitivismo hoje só defendido pelos ignorantes], mas "processo". A definição de design centrada nos artefactos está completamente ultrapassada, esclarecia há dias Guta Moura Guedes no Câmara Clara.  Design é metodologia processual  de trabalho...é um  sistema de arrumação de conhecimentos...Pode ir do desenho de uma cadeira...ao programa de um governo... a um projecto de arquitectura...

Silogisticamente o raciocínio é irrepreensível. Vejamos:

Todas as actividade humanas pressupõem um "processo"
Design é "processo"
Todas as actividades humana pressupõem o design 

Coadjovando a tese, também a arte digital regojiza: 
Por muito que custe aos artistas, o design engoliu a arte e finalmente deixou de estar no papel de mediador entre a arte e a tecnologia lê-se no Mouseland. E ainda no mesmo artigo: o Design é concepção e planificação de todas as instâncias do artificial ou do mundo feito pelo homem.

Espero não me esquecer. Já não via nada tão moderno há muito tempo. 

Créditos: imagem de Von Kinder

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